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RETENDE ATÉ QUE EU VENHA - CAP. XVII PDF Imprimir E-mail
Escrito por Marcelo Oliveira Lima   

Falamos dos batistas das Associações de Filadélfia e Nova Iorque, sua atitude para com a imersão alheia até 1850. Viemos agora falar de outras seções do país. Da Associação de Dover, Virginia, reunida em 1844, temos este arquivo: "Pelos que muitos indivíduos que foram imersos por um ministério pedobatista desejam unir-se com a Igreja Batista Africana em Williamsburg, e a igreja deseja conselho quanto à propriedade de sua recepção: Resolve, portanto, que, em vista do conselho buscado pela Primeira Igreja Batista Africana de Williamsburg, recomendamos, segundo decisão desta Associação na sua reunião em Clark?s Neck, e subseqüentemente era Emaus, que os indivíduos referidos não sejam recebidos". Esta é a Associação a que pertenceram Broadus, Jeter e Ryland.

A Associação de Sandy Creek na Carolina do Norte, foi constituída em 1758 e é a terceira mais velha nos E. U. A. Em 1839 veio-lhes esta consulta da Igreja de Pleasant Grove: "É consistente com o espírito do Evangelho e segundo as Escrituras qualquer Igreja Batista Regular receber na sua comunhão qualquer membro ou membros de outra denominação que tenham sido batizados por imersão, sem rebatizá-los"?

Resposta: "Pensamos que não é. O voto deste inquérito foi unânime. Os batistas são a única denominação que não estão culpados de cisma, de fazerem divisão quando vieram a existir. Eles existem antes de qualquer denominação pedobatista agora em existência. Os batistas nunca bandearam de qualquer outra denominação. Todas as outras bandearam de Roma ou doutra: fizeram uma divisão quando vieram a existir: em vez de receberem o seu batismo como válido, são para serem marcados e evitados por causarem divisões. Romanos 16:17.

Não podemos admitir a validade do seu batismo sem admitirmos que eles são verdadeiros escriturísticos, igrejas evangélicas; se fazemos isto, nós nos desigrejamos, porque Deus jamais estabeleceu ou autorizou senão uma só denominação cristã. Ele não é autor de confusão, ou de igrejas antagonísticas. Os batistas são a única denominação que pode pretender descendência das igrejas apostólicas, ainda que a igreja perseguida e testemunhante que fugiu para o deserto por 1260 anos. Apocalipse 12:6 e 14.

Que os Batistas descenderam desta verdadeira igreja suscetível é da mais clara prova. Isto não é verdade de qualquer outra denominação. Sabemos todos, o dia quando, e o homem ou homens que as levantaram, e nenhuma existiu antes de 1500 AD. As ordenanças não podem ser validamente administradas ao mesmo tempo por batistas e pedobatistas. Deus não é autor senão de um deles, consequentemente não podemos receber batismo administrado por eles sem repudiamos as ordenanças administradas por nós mesmos".

Não é necessário comentário; todavia, adicionaríamos uma consulta; Se essa é a fé de nossos pais, e a Associação da Carolina do Norte assim o diz, é essa vossa fé?

Tão cedo como 1773 estabeleceu-se uma colônia de batistas no que eram então conhecidos como ermos da Georgia, dos quais o Rev. Lewis de Margate, Inglaterra disse: "Estes são os descendentes dos Anabatistas moravianos nas novas plantações da Georgia". A primeira igreja estabelecida na Georgia foi conhecida por Igreja Anabatista Kioka. A Associação mais antiga no Estado. A Associação de Georgia, permaneceu sempre contra a imersão estranha. A Yellow River, uma das mais antigas associações no Estado, tem na sua confissão de fé este estatuto: "O Batismo na água e a Ceia do Senhor são ordenanças do Evangelho para serem continuadas até à segunda vinda do Senhor e para serem administradas só por ministros batistas ordenada e regularmente ordenados".

Em 1789 Jessie Mercer foi ordenado para o ministério batista. Dr. J. H. Grime diz dele: "Por um longo período de tempo foi ele moderador da velha Associação de Georgia. Foi ele que estabeleceu o Index Cristão. Foi ele que estabeleceu a Universidade de Mercer. Foi ele que depôs os seus milhares no altar para educação e missões, iniciando assim a influência que fez da Georgia o grande Estado Missionário que é. Em 1811 ele escreveu a carta circular da Associação de Georgia sobre A Igreja e Suas Funções.

O esboço dos seus argumentos é como segue:

1. A Igreja Apostólica marcha por todos os séculos até ao fim do mundo e é a única verdadeira igreja evangélica.
2. Desta igreja Cristo é o único Cabeça e a verdadeira fonte de toda a autoridade eclesiástica.
3. Os ministros do Evangelho são servos da igreja, são todos iguais e não tem poder de senhorio sobre a herança do Senhor.

Tendo estabelecido estas proposições, ele infere o seguinte:

1. Que todas as igrejas e todos os ministros que se originaram desde os apóstolos, e não sucessivamente a eles, não estão na ordem do Evangelho e, portanto, não podem ser reconhecidos como tais.

2. Todos que se ordenaram para a obra do ministério sem o conhecimento e a chamada da igreja, por papas, concílios, etc., são as criaturas dos que os constituíram e não são servos de Cristo ou de Sua igreja; logo, não tem direito de lhes administrar.

3. Que os que puseram de lado a disciplina do Evangelho e deram leis a igreja, exercendo domínio sobre ela, são usurpadores do lugar e do ofício de Cristo, são contra Ele; logo, não podem ser aceitos nos seus cargos.

4. Que os que administram contrariamente à sua própria fé, ou a fé evangélica, não podem administrar para Deus; uma vez que, sem a fé evangélica eles nada tem a administrar e, sem a sua própria, Deus não aceita nenhum serviço; portanto, as administrações de tais são imposições sem garantia de qualquer modo.

Nossas razões, portanto. para rejeitarmos o batismo por imersão, quando administrados por ministros pedobatistas, são:

1. Que se ligam a igrejas claramente fora da sucessão apostólica, portanto, claramente fora da comissão apostólica.
2. Que derivaram sua autoridade por ordenação dos bispos de Roma ou de indivíduos que tomaram a si mesmos dá-la.
3. Que sustentam nas igrejas mais elevada posição do que os apóstolos sustentaram, não são responsáveis a elas e, por conseqüência, não julgáveis por elas, mas a si mesmos e entre si mesmos se entendem.
4. Que todos eles, como pensamos, administram contrariamente ao paradigma do Evangelho e alguns, onde a ocasião se ofereça, agirão contrariamente a sua fé professada".

Ao claro, doutrinário, histórico e irrespondível estatuto supra do Dr. Jessie Mercer ele acrescenta polemicamente, antecipando as objeções que alguns pudessem levantar ao seu argumento Gibraltar pela fé de nossos pais.

"Mas dir-se-ia que a sucessão apostólica não pode ser firmada e então é próprio agir sem ela. Dizemosque a perda da sucessão nunca pode prová-la fútil, nem justificar alguém fora dela. Os pedobatistas em suas próprias histórias admitem que são dela; nós não, e não nos julgamos a nós mesmos com direito à pretensão até que o contrário seja mostrado claramente. E pensaria alguém que autoridade derivada da Mãe das Meretrizes basta para qualificar para administrar uma ordenança do Evangelho? Serão tão caridosos de não condenar-nos por professarmos o que se deriva de Cristo. E fosse alguém defender ainda mais absurdamente que a ordenação recebida de um indivíduo basta, deixamo-los mostrarem qual é o uso da ordenação e porque ela existe. Se alguém pensar que uma administração que não tem o modelo evangélico é suficiente, deixarão que ajamos segundo a ordem divina impunemente. E se se disser que a fé do candidato é tudo que se necessita, pedimos para exigi-la onde as Escrituras a exigem, isto é, em toda a parte". Querendo dizer sem dúvida, no administrante bem como no candidato, na igreja que autoriza bem como no administrante".

Encerramos este recorde concernente aos Anabatistas e à imersão estranha no Estado de Georgia com este pronunciamento da Convenção Batista de Georgia, reunida em Macon em 1872: "Batismo é a imersão do crente em Jesus Cristo por um administrante autorizado, em nome da Trindade. Semelhante batismo é prerequisito à comunhão da igreja e à admissão à mesa do Senhor. Pessoas não batizadas, não sendo membros da igreja, não podem ser investidas de autoridade para administrarem ordenanças; logo, imersões executadas por elas são nulas e inúteis. A sinceridade do candidato não pode suprir a falta de autoridade do administrante".

Viramos agora dos Batistas da Georgia para os da Louisiana. A Associação de Louisiana Concord foi constituída em 1832 e nesse mesmo ano escreveu o seguinte na sua constituição: "Cremos que crentes são os únicos sujeitos próprios e a imersão o único ato escriturístico de batismo. E os únicos administrantes legais da ordenança são os regularmente ordenados, ministros do Evangelho, em ampla comunhão com os batistas unidos".

A Associação de Red River de Louisiana foi constituída em 1848 e entrosou nos seus artigos de fé o seguinte: "Resolvido: Que na opinião desta Associação um administrante apropriado e qualificado é essencial ao batismo escriturístico".

"Resolvido: Que a autoridade de uma igreja batista ordenadamente é uma qualificação essencial para autorizar alguém a administrar o batismo".

"Resolvido: Que as imersões executadas por administrantes não autorizados por uma tal igreja não deveriam ser recebidos pelos batistas".

Virando para Mississippi, a Associação do Mississippi foi constituída em 1806. Em 1839 escreveram nas suas atas: "Resolvido: Que na opinião desta Associação há três coisas necessárias para constituírem batismo evangélico, a saber, administrante autorizado, um crente em Cristo e imersão em o nome da Santa Trindade; que aqueles ministros que foram excluídos de nossa comunhão por imoralidade ou heresia não são administrantes apropriados e, consequentemente, imersões administradas por campbelitas, ou mestres reformados (como a si mesmos se chamam) não são batismos válidos".

Kentucky, o campo de batalha da guerra entre os estados, brancos e índios, foi também o campo de batalha dos batistas. Aqui se infiltram do Norte essas heresias modernas que em o Norte são tão prevalecentes, imersão estranha, comunhão livre e livre fraternidade. Estas ondas de maré alta tem sido rebatidas de tempo em tempo e Kentucky no Sul como uma verdadeira Verdun, afastando estas marés de invasão. Devera o Sul ser grato a Kentucky por repudiar e afastar estas vagas recorrentes de heresia moderna.

Antes de assumirmos a história dos Batistas de Kentucky na questão da imersão estranha, desejamos chamar a atenção para o fato que tão tarde como 1784 os Batistas de Kentucky foram chamados Anabatistas pelos historiadores. O Dr. W. D. Nowlin na sua História Batista de Kentucky faz esta interessante exposição: "John Filson, na sua história de Kentucky, data da qual é 1784 diz na página 301, ao falar das maneiras e costumes do povo de Kentucky: Eles tem uma diversidade de maneiras, costumes e religiões que em tempo podem, talvez, ser modificadas para uma só". Ele então ajunta: "Os Anabatistas foram os primeiros que promoveram culto público no Kentucky". Vale a pena notar que os Batistas, tão tarde como 1784, foram chamados Anabatistas por este historiador. Isto mostra que a gente agora chamada Batista foram uma vez chamados Anabatistas".

Elkhorn, a mais velha Associação no Estado, constituiu-se em 1785. Em 1802 vem a esta associação esta pergunta da Igreja Batista de Elkherton do Sul: "Que constitui batismo válido?"

Resposta pela Associação: "O administrante devera ter sido ele mesmo batizado por imersão, legalmente chamado para pregar o Evangelho e ordenado como a Escritura dita; o candidato ao batismo faria uma profissão de fé em Jesus Cristo e seria batizado em o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo por mergulhar o corpo inteiro em água".

A Associação de Long Run constituiu-se em 1803. Em 1804 veio uma pergunta da Igreja de Union Spring: "E coerente com a ordem do Evangelho qualquer igreja que for membro desta Associação convidar e permitir a um pregador administrar às ordenanças, se não estiver em união conosco, e negar a doutrina sobre a qual estamos constituídos?"

A Associação respondeu inequivocamente: "Não".

A Associação de Russell Creek, constituída em 1804, passou em 1871 o seguinte: "Resolvido: Que a Associação não considere qualquer pessoa batizada a menos que tenha sido imergida na água em nome da Trindade pela autoridade de uma Igreja Batista regularmente organizada".

A Associação de West Union, constituída em 1834, trouxera perante ela, em 1846, o assunto da imersão estranha. As igrejas foram avisadas de não receberem aplicantes à fraternidade a menos que tivessem sido legalmente batizados por um ministro batista.

A Associação de Little Bethel, constituída em 1836, teve em 1854 a questão trazida perante eles pela Igreja Liberty e respondeu: "Avisamos as igrejas de nossa Associação de não receberem a ninguém na sua comunhão que não tiver sido batizado por um ministro batista regularmente ordenado".

A Associação Liberty, constituída em 1840, diz em 1867: "Como algumas igrejas batistas tem reconhecido a validade do batismo de pedobatistas e Campbelitas, recebendo membros dessas congregações sem reimergí-los, resolveu, portanto, que avisemos e aconselhamos nossos irmãos da Associação de Liberty que se abstenham desse erro e que não deixem de entrar com o seu protesto contra o erro de tais imersões".

A Associação Greenup, constituída em 1841, passou o seguinte em 1880: "Resolvido: que não nos corresponderemos com outras Associações que receberem imersões estranhas".

A Associação de North Concord, organizada em 1843, adotou o seguinte em 1873: "Resolvido: que não receberemos nem comungaremos com igrejas que recebem membros de outras denominações sem rebatizá-los".

O Dr. J. J. Porter no seu debate de Sumpter cita a seguinte carta do Dr. T. T. Eaton, datada de 19 de junho de 1903, quanto à posição dos Drs. Boyce e Broadus sobre a questão de Imersão Estranha.

O Dr. Boyce foi muito enfático e pronunciou-se contra a recepção de imersão estranha. Ele batizou o Dr. Weaver, apesar de o último ter sido pastor da Igreja de Chestnut Street, recebido por uma imersão metodista. Um homem que pretendeu se ter convertido antes de receber a imersão de um pregador dos Discípulos, apresentou-se para ser recebido com essa imersão na Igreja Batista de Broadway, Louisville, Kentucky, da qual era então pastor o Dr. L. L. Burrows e o Dr. Boyce membro. O Dr. Burrows estava pronto a receber o homem, mas a isso se opôs o Dr. Boyce e conseguiu desfazê-lo. Repetidamente tenho ouvido o Dr. Boyce dizer que a imersão estranha não devera ser recebida.

Fui pastor do Dr. John A. Broadus de 1 de Maio de 1881 até sua morte em 1895, quase catorze anos. Éramos íntimos como essa aliança sugere. Há muito que não tinha estado em Louisville até que lhe perguntei abertamente se ele favoreceria nossa igreja receber um caso de imersão estranha, ao que ele respondeu também abertamente: "Não". Repetidamente conversamos sobre esse e outros assuntos afins, assim como repetidamente ele me disse que a imersão estranha não devera ser recebida".

Abarcamos o Sul nesta investigação, mas, antes de encerrar, daremos um exemplo de Florida. Esta é tão cosmopolita que se achará nela Batistas de todas as nuanças de crença, mas as igrejas no todo são ortodoxas e leais a fé de nossos pais como aos ensinos das Escrituras nesta questão de imersão estranha.

Nas atas da Associação do Condado de Pinellas, Florida, para o ano de 1933, que se reuniu com a Primeira Igreja Batista de Saint Petersburg, achamos esta afirmação: É causa de grande tristeza que certas de nossas igrejas batistas nestes últimos tempos hão mostrado uma disposição para desconsiderarem as doutrinas do Novo Testamento e a prática de nossas igrejas batistas regulares por toda a nossa época histórica com referência especialmente às ordenanças de uma igreja novotestamentária.

São os Batistas peculiares em terem sido o único povo que por todos os séculos mantiveram a posição intergiversável que o Batismo e a Ceia do Senhor são as únicas ordenanças dadas a igreja por Cristo, o fundador e Cabeça da igreja. Batalhamos sempre e sempre mantivemos que o batismo válido, ou batismo escriturístico, consiste de:

Um sujeito apropriado: um crente em Cristo.
Um desígnio apropriado: simbolizar nossa morte ao pecado e nossa ressurreição para uma nova vida.
Uma ação apropriada: a imersão do crente na água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Um administrante apropriado: um devidamente autorizado por uma igreja do Novo Testamento.

A História está repleta da mais dolorosa prova que sempre que e onde quer que os batistas enfraquecem e se compromissam a receber imersão estranha por amor de ganharem membros doutras denominações, abrem as comportas do ensino errôneo e práticas perniciosas entre nossas igrejas, todas as quais levam logicamente a comunhão livre e a abolição das igrejas do Novo Testamento, Se isto fosse possível.

A constituição da Associação Batista do Condado de Pinellas provê pela comunhão de igrejas batistas regulares; portanto, afirmamos nossa convicção nas práticas honradas pelo tempo: que a ordenança do batismo é uma ordenança do Novo Testamento, válida quando administrada devidamente por um autorizado por uma igreja do Novo Testamento. É fundamentalmente errado que qualquer indivíduo ou instituição podem usurpar a autoridade dada a uma Igreja do Novo Testamento para administrar suas ordenanças. Não temos mais direito de desconsiderar as Escrituras em referência ao administrante do que teríamos de mudar o modo de batismo".

Nestas citações de Associações Batistas cobrimos o Norte, Leste e Sul. Não demos senão um pequeno fragmento do material em mão. Se o incluímos todo, este livro teria de ser aumentado muito além dos limites que estabelecemos para ele. Contudo, deu-se bastante para provarem-se conclusivamente três coisas:

Primeira: que os antigos patriarcas batistas americanos rejeitaram o batismo estranho e pelo que creram houve fundamentos escriturísticos.
Segunda: eles creram que os batistas, ou anabatistas, também o rejeitaram através dos séculos.
Terceira: consideraram aqueles poucos que o aceitarem como trazendo uma inovação inescriturística que foi divisiva, prejudicial e que resultaria eventualmente na desintegração dos batistas.

 

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